segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Vale a pena pensar!!!

«Um pouco de luz vence muitas trevas.»
Paul Claudel

Agenda Paroquial - Lê e toma nota!

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Notas e Informações...

Notas de interesse...

MENSAGEM DE SUA SANTIDADE BENTO XVI

SE QUISERES CULTIVAR A PAZ, PRESERVA A CRIAÇÃO

7. Infelizmente temos de constatar que um grande número de pessoas, em vários países e regiões da terra, experimenta dificuldades cada vez maiores, porque muitos se descuidam ou se recusam a exercer sobre o ambiente um governo responsável. O Concílio Ecuménico Vaticano II lembrou que «Deus destinou a terra com tudo o que ela contém para uso de todos os homens e povos».[14] Por isso, a herança da criação pertence à humanidade inteira. Entretanto o ritmo actual de exploração põe seriamente em perigo a disponibilidade de alguns recursos naturais não só para a geração actual, mas sobretudo para as gerações futuras.[15] Ora não é difícil constatar como a degradação ambiental é muitas vezes o resultado da falta de projectos políticos clarividentes ou da persecução de míopes interesses económicos, que se transformam, infelizmente, numa séria ameaça para a criação. Para contrastar tal fenómeno, na certeza de que «cada decisão económica tem consequências de carácter moral»,[16] é necessário também que a actividade económica seja mais respeitadora do ambiente. Quando se lança mão dos recursos naturais, é preciso preocupar-se com a sua preservação prevendo também os seus custos em termos ambientais e sociais, que se devem contabilizar como uma parcela essencial da actividade económica. Compete à comunidade internacional e aos governos nacionais dar os justos sinais para contrastar de modo eficaz, no uso do ambiente, as modalidades que resultem danosas para o mesmo. Para proteger o ambiente e tutelar os recursos e o clima é preciso, por um lado, agir no respeito de normas bem definidas mesmo do ponto de vista jurídico e económico e, por outro, ter em conta a solidariedade devida a quantos habitam nas regiões mais pobres da terra e às gerações futuras.

A palavra de Deus é o nosso alimento...

EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO LUCAS:
Naquele tempo, Jesus desceu do monte, na companhia dos Apóstolos, e deteve-Se num sítio plano, com numerosos discípulos e uma grande multidão de toda a Judeia, de Jerusalém e do litoral de Tiro e Sidónia. Erguendo então os olhos para os discípulos, disse: Bem-aventurados vós, os pobres, porque é vosso o reino de Deus. Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. Bemaventurados vós, que agora chorais, porque haveis de rir. Bem-aventurados sereis, quando os homens vos odiarem, quando vos rejeitarem e insultarem e proscreverem o vosso nome como infame, por causa do Filho do homem. Alegrai-vos e exultai nesse dia, porque é grande no Céu a vossa recompensa. Era assim que os seus antepassados tratavam os profetas. Mas ai de vós, os ricos, porque já recebestes a vossa consolação. Ai de vós, que agora estais saciados, porque haveis de ter fome. Ai de vós, que rides agora, porque haveis de entristecer -vos e chorar. Ai de vós, quando todos os homens vos elogiarem. Era assim que os seus antepassados tratavam os falsos profetas.

Mensagem Semanal

«São Macaio deu à costa...»
Assim reza a tradicional cantiga açoreana afamada por Zeca Afonso. Com nome tão «feliz», como é que este navio veio a naufragar? Trata-se, na verdade, de uma forma simplificada de «Macário», adjectivo que, no grego antigo (antes de Cristo), só era aplicável aos seres divinos, significando que eles estão isentos de todos os cuidados humanos. Com o tempo, aplicou-se aos seres humanos, quando a situação destes fazia lembrar o bem-estar dos deuses. Estranhamente, é com este adjectivo que S. Lucas classifica os que agora se encontram em sofrimento, por oposição àqueles que parecem estar bem na vida. Quem não se sentiria em segurança, viajando num navio de nome tão promissor? O pior é que não basta ter bom nome – embora convenha muito ser bem parecido! Quando S. Lucas fala dos «macários» que choram, que têm fome, que são pobres… e dos «não macários» que são ricos, fartos, e gozam de boa vida… não estará a pensar que as coisas não são o que parecem? É que nem uns nem outros se definem pelo nome – como ninguém neste mundo. Nem há, nesta vida, «nomeações definitivas». O texto de S. Lucas é mesmo chocante: quer pelo realismo tão cru, quer pela dureza do estilo ao invectivar os «agora felizes». Aliás, esta dureza condiz tão pouco com o estilo habitual de Lucas, que há quem ponha em dúvida a autenticidade dos «ais» ameaçadores. Porém, a antítese felizes/infelizes é uma figura literária frequente em todo o Antigo Testamento e particularmente nos livros proféticos. Não se trata de modo nenhum de bênção para uns e maldição para outros (o que seria um ridículo juízo divino – o «juízo final» é que recompensa ou castiga a orientação positiva ou negativa que cada ser humano livremente tomou), mas de alerta para uns e outros: quem está mal não se deve julgar condenado e quem está bem não se deve julgar premiado. Todas as situações neste mundo servem para bem e para mal. Todos sabemos muito bem que a pobreza também leva ao crime e à guerra – mas a riqueza e poder também o fazem e de um modo muito mais planeado e sofisticado, com a lógica fria de quem pode ser o opressor e o abusador.