sábado, 20 de fevereiro de 2010

Agenda Paroquial - Lê e toma nota!

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Notas e Informações...

  • Os pais que tenham filhos para baptizar nos próximos meses devem fazer a sua inscrição e preparar com os padrinhos o Baptismo. As reuniões de preparação serão nos próximos dias 13 e 20 de Março no Salão de S. Martinho, pelas 15h.
  • Avisam-se todos os interessados que vai realizar-se uma viagem/peregrinação a Nossa Senhora de Covadonga nas Astúrias, nos dias 9, 10 e 11 de Abril. Nos dias 19 a 25 de Agosto realiza-se Uma peregrinação a Itália. Consultar o placard!
  • O passeio anual da Irmandade do Divino Espírito Santo tem como destino o santuário de Cristo Rei e realiza-se no dia 20 de Junho. Consultar o placard!
  • Avisam-se todos os animadores/Catequistas dos grupos de 9/10/11 anos de catequese e Jovens Crismados, que teremos reunião/ esclarecimento, com o Pe. João Gonçalves, responsável da pastoral das prisões de Aveiro no dia 26 de Março pelas 21h. No salão anexo à Igreja de Sever do Vouga.
  • O projecto Mãos à obra! Limpar Portugal! Será no próximo dia 20 de Março de 2010 em Pessegueiro do Vouga, para mais informações consulte o placard!
  • O Conselho Económico apresenta o exercício de contas de Janeiro: Receitas, 12092,46; Despesas, 12232,01; Saldo para o mês seguinte: 13905,53. Apelamos para um Cortejo/Leilão no dia 7 de Março pelas 15h. Recordando o 2º Aniv. após a Inauguração da Igreja.

Notas de interesse...

O tema da Quaresma /Páscoa 2010 é “ Tudo é possível a quem crê!”. O Bispo de Aveiro lembra que é um tempo de “caminhada espiritual para quem faz do sonho humano e do projecto cristão uma convicção de fé, uma atitude de fidelidade, um caminho de conversão, uma experiência de revisão de vida, um encontro feliz com Deus e um louvor pascal permanente”, e apela à partilha com a Igreja de cabo Verde e para o Fundo Diocesano de emergência social, previsto no plano diocesano de Pastoral Sócio-caritativa.

A palavra de Deus é o nosso alimento...

EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO LUCAS:
Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, retirou-Se das margens do Jordão. Durante quarenta dias, esteve no deserto, conduzido pelo Espírito, e foi tentado pelo Diabo. Nesses dias não comeu nada e, passado esse tempo, sentiu fome. O Diabo disse-lhe: «Se és Filho de Deus, manda a esta pedra que se transforme em pão». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Nem só de pão vive o homem’». O Diabo levou-O a um lugar alto e mostrou-Lhe num instante todos os reinos da terra e disse-Lhe: «Eu Te darei todo este poder e a glória destes reinos, porque me foram confiados e os dou a quem eu quiser. Se Te prostrares diante de mim, tudo será teu». Jesus respondeu-lhe: «Está escrito: ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele prestarás culto’». Então o Diabo levou-O a Jerusalém, colocou-O sobre o pináculo do templo e disse-Lhe: «Se és Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo, porque está escrito: ‘Ele dará ordens aos seus Anjos a teu respeito, para que Te guardem’; e ainda: ‘Na palma das mãos te levarão, para que não tropeces em alguma pedra’». Jesus respondeu-lhe: «Está mandado: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’». Então o Diabo, tendo terminado toda a espécie de tentação, retirou-se da presença de Jesus, até certo tempo.

Mensagem Semanal

Antes só que mal acompanhado
Tinham sido um povo numeroso e bem considerado no Egipto, para onde haviam começado a migrar, por volta de 1700 a.C. Mas cedo descobriram, os descendentes de Abraão, que o paraíso de Adão e Eva foi efectivamente eliminado do cenário humano. De facto, não podemos confiar que sociedade alguma ponha o céu ao nosso alcance: cada um de nós é que é o único construtor dos alicerces de um céu «fora do alcance da ferrugem e dos ladrões» (Lucas 12,33). Quantas vezes o Antigo Testamento aponta o dedo contra a imprudente confiança do «povo escolhido» na presumida aliança com nações poderosas! Os poderosos, infelizmente, sucumbem facilmente à tentação de só quererem quem lhes preste um tributo cada vez mais pesado e frequentemente aviltante. Foram precisos 400 anos de muitos e repetidos desenganos (pois até nos habituamos a uma situação de “infelizes”…) para que os Israelitas se unissem eficazmente contra a opressão e largassem o Egipto. O seu líder era Moisés e o caminho conveniente era o deserto. Longe da riqueza do Egipto, Israelitas e Deus pareciam seguir o provérbio: «antes só que mal acompanhado». Quanta gente não sente o desejo de conhecer o deserto? E não só como experiência radical. É o lugar sonhado de plena libertação: de burocracias, guerras de poder, slogans de toda a ordem; dos horários para comer, para dormir, para trabalhar, para descansar... É a imaginação pura sobre lagos e tempestades de areia, sobre impressionantes rochedos áridos, sobre venenos escondidos, sobre “moiras de encantar”… é a imaginação livre para criar miragens e falar com elas e perder-se nelas. O deserto é a situação por excelência em que a pessoa se encontra só consigo e onde a fraqueza humana se transforma no desejo da solidez total. Os célebres «padres do deserto», e grandes figuras ao longo dos séculos, procuraram o deserto para aí poderem avaliar a autenticidade da sua força interior. O livro do Deuteronómio (palavra que significa «segunda lei», referindo-se à renovação da espiritualidade do «povo de Deus») estabelece que ao longo do ano haja dias de festa para lembrar a fidelidade do Deus libertador e fortificar a identidade histórica e cultural, contando-se às novas gerações as experiências radicais – desde uma «luta com Deus» (Génesis 32,23-33), até ser namorado por Deus durante «quarenta anos» de deserto, cheios de promessas, desquites, ameaças e perdões. «Hei-de castigá-la (à «filha de Sião», a nação eleita) por correr atrás dos seus amantes e me esquecer. É por isso que a vou seduzir, levando-a para o deserto e falando-lhe ao coração. E ela se encantará comigo como nos tempos da sua juventude, e me chamará “meu marido”» (Oseias 2, 15-18). Jesus Cristo veio-nos lembrar da necessidade deste namoro com Deus. No deserto, enfrentando todos os ventos. S. Lucas sublinha como Jesus teve que superar as normalíssimas ambições humanas de prazer, glória, riqueza e poder. Ganhou assim credibilidade: deu prova do realismo e prudência que devem acompanhar os mais incansáveis ideais; e forjou com segurança um projecto suficientemente sólido para vencer as investidas do comodismo. O Êxodo é uma narrativa em que não se descrevem factos com exactidão, mas que nos faz compreender o que é uma “joint-venture” do Homem com Deus. Mas… será que Deus é boa companhia? Manuel Alte da Veiga