sábado, 27 de março de 2010

Vale a pena pensar!!!

«Orar não supõe ser inteligente. É estar aí, com os olhos fixos n’Ele, em profunda atitude de escuta»

Agenda Paroquial - Lê e toma nota!

Notas e Informações

  • Vão ser distribuídos em todas as paróquias envelopes com uma ficha para fazer o Censos Paroquial e pedimos que todos os Mordomos do Senhor contribuam para distribuir esses envelopes pelos lugares respectivos de cada Freguesia, em todas as casas. Serão recolhidos pela Equipa do Anuncio da visita Pascal e revertem em favor das obras de beneficiação de cada Igreja Paroquial tão necessitadas de intervenção e pagamento das obras efectuadas. Fazemos um apelo para os que não contribuíram com a oblata ou contributo paroquial anual que podem fazê-lo nesse mesmo envelope; indicando a quantidade e nº de contribuinte para passar os respectivos recibos.
  • Assembleia Geral, APCDI, no dia 30 de Março pelas 20.00h. Na Sede e CAO da Associação, no Sobral, Pessegueiro do Vouga. Consultar Placard!
  • Avisam-se todos os interessados que vai realizar-se uma Viagem/Peregrinação a N. Senhora de Covadonga nas Astúrias, nos dias 9, 10 e 11 de Abril. Nos dias 19 a 25 de Agosto realiza-se uma peregrinação a Itália. Consultar o placard! É urgente e os interessados devem confirmar!
  • Recordo que vamos realizar algumas celebrações comunitárias da Penitência, (Via Sacra Penitencial) a saber no dia 29 de Março pelas 21h na Igreja de Pessegueiro do Vouga e no dia 31 de Março pelas 19:30h na Igreja de Paradela.
  • Informa-se toda a população para a consulta pública, do «resumo não técnico do estudo de impacte ambiental» do traçado «IC35—lanço de Sever do Vouga/IP5 (A25)», pelo prazo de 35 dias úteis (23 de Março a 11 de Maio/2010), na secretaria da Junta de Freguesia de Pessegueiro do Vouga.

Notas de Interesse...

Mensagem da Quaresma 2010 - D. António Francisco dos Santos Bispo de Aveiro "Tudo é possível a quem crê!"
5. A vivência do Ano Sacerdotal como sinal mais visível da beleza do ministério e do testemunho de fidelidade dos sacerdotes e a próxima visita do Santo Padre a Portugal sob o lema: “contigo caminhamos na Esperança” devem ajudar-nos a viver esta Quaresma e o Tempo Pascal com a consciência de sermos povo santo e sacerdotal e fermento de um mundo novo e melhor. Caminhando com o Santo Padre na fé e na esperança, acolhemos o convite que esta Quaresma nos traz para nos convertermos a Cristo, acreditarmos no Evangelho e construirmos a justiça, manifestando como pessoas, famílias e comunidades a fecundidade da cruz e a alegria da Páscoa.

A Palavra de Deus é o nosso alimento...

EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO LUCAS:
Naquele tempo, levantaram-se os anciãos do povo, os príncipes dos sacerdotes e os escribas, levaram Jesus a Pilatos e começaram a acusá-l’O, dizendo: «Encontrámos este homem a sublevar o nosso povo, a impedir que se pagasse o tributo a César e dizendo ser o Messias-Rei». Pilatos perguntou a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «Tu o dizes». Pilatos disse aos príncipes dos sacerdotes e à multidão: «Não encontro nada de culpável neste homem». Mas eles insistiam: «Amotina o povo, ensinando por toda a Judeia, desde a Galileia, onde começou, até aqui». Ao ouvir isto, Pilatos perguntou se o homem era galileu; e, ao saber que era da jurisdição de Herodes, enviou-O a Herodes, que também estava nesses dias em Jerusalém. Ao ver Jesus, Herodes ficou muito satisfeito. Havia bastante tempo que O queria ver, pelo que ouvia dizer d’Ele, e esperava que fizesse algum milagre na sua presença. Fez-Lhe muitas perguntas; mas Ele nada respondeu. Os príncipes dos sacerdotes e os escribas que lá estavam acusavam-n’O com insistência. Herodes, com os seus oficiais, tratou-O com desprezo e, por troça, mandou-O cobrir com um manto magnífico e remeteu-O a Pilatos. Herodes e Pilatos, que eram inimigos, ficaram amigos nesse dia. Pilatos convocou os príncipes dos sacerdotes, os chefes e o povo, e disse-lhes: «Trouxestes este homem à minha presença como agitador do povo. Interroguei-O diante de vós e não encontrei n’Ele nenhum dos crimes de que O acusais. Herodes também não, uma vez que no-l’O mandou de novo. Como vedes, não praticou nada que mereça a morte. Vou, portanto, soltá-l’O, depois de O mandar castigar». Pilatos tinha obrigação de lhes soltar um preso por ocasião da festa. E todos se puseram a gritar: «Mata Esse e solta-nos Barrabás». (...) Palavra da salvação.

Mensagem Semanal

Justiçado há dois mil anos
Por que é que não foi apenas mais um dos muitos «justiçados» na época? A «Paixão de Jesus» impressionou de tal modo os discípulos que, mesmo dezenas de anos após o acontecimento, o relato dos 4 evangelistas coincide em muitos aspectos. Mas os sentimentos e maneira de pensar de cada evangelista estão bem presentes, não só na diferença de estilo mas também na recolha e arranjo do próprio material, e sobretudo nas interpretações desenvolvidas já à luz da experiência de «Jesus ressuscitado». (Nenhum comentário pode substituir a meditação deste acontecimento). Falam todos do mesmo «homem bom», que marcou tão fortemente os que lidaram com ele. E como acontece a todos os «homens bons» e sobretudo aos melhores…), não era «bom» para toda a gente: ou porque incomodasse os preconceitos e a consciência, ou sobretudo porque incomodasse o modo de vida e estratégias de poder da maioria da classe dominante. De facto, pelas suas palavras e acções, pondo a lei e os costumes (e portanto a religião) ao serviço do bem-estar das pessoas, perturbava o «bom andamento» dos que detinham o governo efectivo do povo judeu – praticamente a classe sacerdotal. O simbolismo (ainda hoje mal conhecido) de muitas das palavras e acções de Jesus (abusivamente utilizadas para o condenar) revelava que estava iminente uma mudança na relação entre os Homens e Deus. E a ideia de «mudança» incomoda. Quando quase de repente surgiu uma ocasião para prender Jesus, esta foi aproveitada com a mesma celeridade com que as autoridades do nosso tempo aniquilam uma «persona non grata». E como hoje, não faltou corrupção, num processo bem orientado para a mais dolorosa e humilhante das penas capitais. «Legalmente» justiçado.

sábado, 20 de março de 2010

Vale a pena pensar!!!

«A Paz do coração é o paraíso dos homens»
Platão

Agenda Paroquial - Lê e toma nota!

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Notas e Informações...

  • Vão ser distribuídos em todas as paróquias envelopes com uma ficha para fazer o Sensus paroquial e pedimos que todos os Mordomos do senhor contribuam para distribuir esse envelope pelos lugares respectivos de cada Freguesia . Serão recolhidos pela Equipa do Anuncio da visita Pascal e revertem em favor das obras de beneficiação de cada Igreja Paroquial tão necessitadas de intervenção e pagamento das obras efectuadas. Fazemos um apelo para os que não contribuíram com a oblata ou contributo paroquial anual que podem fazê-lo nesse mesmo envelope. indicando a quantidade e nº de contribuinte para passar os respectivos recibos.
  • O Próximo Domingo dia 28, é Domingo de Ramos ou da Paixão do Senhor, as Celebrações serão antecipadas de alguns minutos antes para fazer a bênção dos ramos junto do local mais próximo da Igreja de cada uma das Paróquias. Pedimos a compreensão por esse modo de resposta possível para não atrasar muito!
  • Avisam-se todos os interessados que vai realizar-se uma Viagem/Peregrinação a N. Senhora de Covadonga nas Astúrias, nos dias 9, 10 e 11 de Abril. Nos dias 19 a 25 de Agosto realiza-se uma peregrinação a Itália. Consultar o placard! É urgente e os interessados devem confirmar!
  • Recordo que vamos realizar algumas celebrações comunitárias da Penitência, a saber no dia 27 de Março pelas 21:30(Via Sacra Penitencial na Igreja de Talhadas), dia 29 de Março pelas 21 na Igreja de Paradela.

Notas de interesse...

Mensagem da Quaresma 2010 - D. António Francisco dos Santos Bispo de Aveiro "Tudo é possível a quem crê!".
4. A consciência da nossa fé, a responsabilidade de cada pessoa na construção do bem comum, o conhecimento de tantos dramas pessoais e sociais, a sensibilidade diante do sofrimento humano, o espírito de partilha com os que mais precisam, lutam e sonham e a atenção a todos os que batem à nossa porta ou a muitos outros que se escondem no anonimato da sua pobreza e se vestem com a tristeza da sua miséria devem tornar-nos mais atentos e disponíveis, mais solícitos e solidários. A justiça completa-se com a caridade, fonte inesgotável de amor, de generosidade e de dom. É com este espírito de caridade cristã e de partilha solidária que vos convido, amados diocesanos, a uma generosa renúncia quaresmal, que este ano orientaremos para a Igreja de Cabo Verde e para o Fundo Diocesano de Emergência Social, criado na nossa diocese, de acordo com a decisão assumida no Plano Diocesano de Pastoral Sócio-Caritativa.

A palavra de Deus é o nosso alimento...

EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO LUCAS:
Naquele tempo, Jesus foi para o monte das Oliveiras. Mas de manhã cedo, apareceu outra vez no templo e todo o povo se aproximou d’Ele. Então sentou-Se e começou a ensinar. Os escribas e os fariseus apresentaram a Jesus uma mulher surpreendida em adultério, colocaram-na no meio dos presentes e disseram a Jesus: «Mestre, esta mulher foi surpreendida em flagrante adultério. Na Lei, Moisés mandou-nos apedrejar tais mulheres. Tu que dizes?». Falavam assim para Lhe armarem uma cilada e terem pretexto para O acusar. Mas Jesus inclinou-Se e começou a escrever com o dedo no chão. Como persistiam em interrogá-l’O, ergueu-Se e disse-lhes: «Quem de entre vós estiver sem pecado atire a primeira pedra». Inclinou-Se novamente e continuou a escrever no chão. Eles, porém, quando ouviram tais palavras, foram saindo um após outro, a começar pelos mais velhos, e ficou só Jesus e a mulher, que estava no meio. Jesus ergueu-Se e disse-lhe: «Mulher, onde estão eles? Ninguém te condenou?». Ela respondeu: «Ninguém, Senhor». Disse então Jesus: «Nem Eu te condeno. Vai e não tornes a pecar». Palavra da salvação.

Mensagem Semanal

«Os melhores dias estão para vir!»
Assim respondia a minha mãe, quando ouvia «antigamente é que era bom»… Não negava que teria sido bom e que talvez nos sentíssemos melhor então; e muito menos negava o que a nossa história apresenta como momentos altos – daqueles que “edificam” (isto é, constroem) personalidades optimistas e arrojadas. Era como se conhecesse a 1.ª leitura: também não nega os tempos de glória do povo israelita – mas apresenta-os como estímulo para se criarem novos tempos. Não podemos ficar no passado – uma coisa é a alegria de boas memórias, outra coisa é agarrar-se a elas «como um menino às saias da mãe». O «povo eleito» não é bom por Deus o ter ajudado mas será bom se se fizer digno de maiores ajudas de Deus (e dos Homens…). O profeta sente que, da parte de Deus, há sinais de um futuro cada vez melhor para a humanidade: e diz ao «menino» para se soltar do aconchego passado e agarrar-se à esperança criadora dos melhores tempos. S. Paulo parece exagerar apaixonadamente ao considerar «lixo» toda a sua vida anterior ao encontro com Jesus Cristo (porque a considerava um empecilho ao novo caminho escolhido). Mas diz claramente: «Esqueço o passado, para me lançar continuamente para a frente». O que se vai fazendo é que interessa. Porém, não disse Jesus (Mt 13,52) que «o homem sábio e prudente tira do seu tesoiro coisas novas e coisas velhas»? Todo o tipo de passado se pode – e deve – transformar em energia, como já sabemos fazer com o pior lixo das nossas lixeiras. Só quando nos prendemos demasiado a qualquer coisa (por muito boa que seja), é que esta se torna lixo mau, porque nos impede de avançar.
Por isso, a riqueza e o poder são lixo mau, se nos agarramos demasiado. A própria vida é lixo mau, se não a usamos para aumentar o que é mesmo bom, e se não sabemos preparar até ao fim um salto para a frente.

sábado, 13 de março de 2010

Vale a pena pensar!!!

«O melhor holocausto pelos homens é a oferta de si mesmo a Deus.»
Leonel Oliveira

Agenda Paroquial - Lê e toma nota!

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Notas e Informações...

  • Por motivos de doença e dificuldades de visão e mobilidade, o Pe. Augusto deixa de ter responsabilidade sobre a Paróquia de S. Mamede de Talhadas e o Arcipreste providenciará para que se realizem as várias actividades nestes próximos tempos. Pedimos a compreensão para algumas alterações por motivos de organização das várias paróquias.
  • Os pais que tenham filhos para baptizar nos próximos meses devem fazer a sua inscrição e preparar com os padrinhos o Baptismo. As reuniões de preparação serão no próximo dia 20 de Março no Salão de S. Martinho, pelas 15h.
  • Avisam-se todos os interessados que vai realizar-se uma viagem/peregrinação a N. Senhora de Covadonga nas Astúrias, nos dias 9, 10 e 11 de Abril. Nos dias 19 a 25 de Agosto realiza-se uma peregrinação a Itália. Consultar o placard! Os interessados devem confirmar!
  • O projecto Mãos à obra! Limpar Portugal! Será no próximo dia 20 de Março de 2010 em Pessegueiro do Vouga, para mais informações consulte o placard!

Notas de interesse...

Mensagem da Quaresma 2010 - D. António Francisco dos Santos Bispo de Aveiro "Tudo é possível a quem crê!".
3. Todos clamamos por mudança de sistemas e sentimos a complexidade, o distanciamento dos valores da vida e a morosidade da justiça humana. Não basta a existência da lei nem a sua aplicação para que sejamos resposta e amparo, segundo as bem-aventurança, para os que têm fome e sede de justiça. A sociedade tem, no campo específico da justiça como noutros horizontes da vida, um longo caminho a percorrer. O realismo da vida social, os clamores do povo e as situações concretas de injustiças humanas dizem-nos que os cristãos são chamados, pela abertura de coração, pela verdade da fé e pela transparência da vida, a contribuir para instaurar a justiça no coração da cidade dos homens e mulheres do nosso tempo e na vida das pessoas, das famílias, das empresas e das instituições.

A palavra de Deus é o nosso alimento...

EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO LUCAS:
Naquele tempo, os publicanos e os pecadores aproximavam-se todos de Jesus, para O ouvirem. Mas os fariseus e os escribas murmuravam entre si, dizendo: «Este homem acolhe os pecadores e come com eles». Jesus disse-lhes então a seguinte parábola: «Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao pai: ‘Pai, dá -me a parte da herança que me toca’. O pai repartiu os bens pelos filhos. Alguns dias depois, o filho mais novo, juntando todos os seus haveres, partiu para um país distante e por lá esbanjou quanto possuía, numa vida dissoluta. Tendo gasto tudo, houve uma grande fome naquela região e ele começou a passar privações. Entrou então ao serviço de um dos habitantes daquela terra, que o mandou para os seus campos guardar porcos. Bem desejava ele matar a fome com as alfarrobas que os porcos comiam, mas ninguém lhas dava. Então, caindo em si, disse: ‘Quantos trabalhadores de meu pai têm pão em abundância, e eu aqui a morrer de fome! Vou-me embora, vou ter com meu pai e dizer-lhe: Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho, mas trata-me como um dos teus trabalhadores’. Pôs-se a caminho e foi ter com o pai. Ainda ele estava longe, quando o pai o viu: encheu-se de compaixão e correu a lançar-se-lhe ao pescoço, cobrindo-o de beijos. Disse-lhe o filho: ‘Pai, pequei contra o Céu e contra ti. Já não mereço ser chamado teu filho’. Mas o pai disse aos servos: ‘Trazei depressa a melhor túnica e vestilha. Ponde-lhe um anel no dedo e sandálias nos pés. Trazei o vitelo gordo e matai-o. Comamos e festejemos, porque este meu filho estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’. E começou a festa. Ora o filho mais velho estava no campo. Quando regressou, ao aproximar-se da casa, ouviu a música e as danças. Chamou um dos servos e perguntou-lhe o que era aquilo. O servo respondeu-lhe: ‘O teu irmão voltou e teu pai mandou matar o vitelo gordo, porque ele chegou são e salvo’. Ele ficou ressentido e não queria entrar. Então o pai veio cá fora instar com ele. Mas ele respondeu ao pai: ‘Há tantos anos que eu te sirvo, sem nunca transgredir uma ordem tua, e nunca me deste um cabrito para fazer uma festa com os meus amigos. E agora, quando chegou esse teu filho, que consumiu os teus bens com mulheres de má vida, mataste-lhe o vitelo gordo’. Disse-lhe o pai: ‘Filho, tu estás sempre comigo e tudo o que é meu é teu. Mas tínhamos de fazer uma festa e alegrar-nos, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi reencontrado’».

Mensagem Semanal

Saltos radicais
Que a fé é um grande salto, ninguém o nega. Um salto para o escuro? Para o desconhecido? Até os místicos sentiram que a luz de Deus é para nós escura. Nem a pessoa mais amada é para mim cabalmente conhecida – é sempre necessário um acto de fé, o que faz do confiar em alguém uma aventura a dois. O «Deus desconhecido», porém, até soma «boas razões» para a gente se aventurar: Ele é o sentido e fundamento de toda a confiança e esperança, da decisão e da constância; para Ele não há morte e ninguém se perde. Ele é a fonte da riqueza infinitamente diversa da interioridade de cada qual – essa interioridade onde nascem as temerosas angústias, por isso tão difíceis de partilhar, e onde aparece a luz que não conseguimos exprimir. Neste jogo de noite e luz é que «o povo escolhido» atravessou o deserto e celebrou a primeira Páscoa na «terra prometida» (1.ª leitura). Um «salto» de 40 anos! O termo hebraico para «Páscoa» (“pesah”) é de etimologia incerta, mas o próprio livro do Êxodo o aproxima do verbo “pasah”, que significa «saltar» ou «passar por cima» (na noite em que Israel saiu do Egipto, o «anjo exterminador» saltou – poupou – as casas marcadas com o sangue do cordeiro). Foi sobretudo S. Agostinho quem privilegiou o sentido de «passar», sublinhando a semelhança entre a «passagem do Senhor» pelas casas egípcias, a «passagem do mar vermelho», a «passagem» da paixão e morte de Cristo para a ressurreição e a nossa «passagem» de tudo o que é morte para tudo o que é Vida. Com Josué, o povo eleito «saltou» para um novo estádio de amadurecimento: não mais será o povo infantil dependente do maná «caído do céu». Doravante, alimentar-se-á do fruto do seu trabalho.
Que a fé é um grande salto, ninguém o nega. Um salto para o escuro? Para o desconhecido? Até os místicos sentiram que a luz de Deus é para nós escura. Nem a pessoa mais amada é para mim cabalmente conhecida – é sempre necessário um acto de fé, o que faz do confiar em alguém uma aventura a dois. O «Deus desconhecido», porém, até soma «boas razões» para a gente se aventurar: Ele é o sentido e fundamento de toda a confiança e esperança, da decisão e da constância; para Ele não há morte e ninguém se perde. Ele é a fonte da riqueza infinitamente diversa da interioridade de cada qual – essa interioridade onde nascem as temerosas angústias, por isso tão difíceis de partilhar, e onde aparece a luz que não conseguimos exprimir. Neste jogo de noite e luz é que «o povo escolhido» atravessou o deserto e celebrou a primeira Páscoa na «terra prometida» (1.ª leitura). Um «salto» de 40 anos! O termo hebraico para «Páscoa» (“pesah”) é de etimologia incerta, mas o próprio livro do Êxodo o aproxima do verbo “pasah”, que significa «saltar» ou «passar por cima» (na noite em que Israel saiu do Egipto, o «anjo exterminador» saltou – poupou – as casas marcadas com o sangue do cordeiro). Foi sobretudo S. Agostinho quem privilegiou o sentido de «passar», sublinhando a semelhança entre a «passagem do Senhor» pelas casas egípcias, a «passagem do mar vermelho», a «passagem» da paixão e morte de Cristo para a ressurreição e a nossa «passagem» de tudo o que é morte para tudo o que é Vida. Com Josué, o povo eleito «saltou» para um novo estádio de amadurecimento: não mais será o povo infantil dependente do maná «caído do céu». Doravante, alimentar-se-á do fruto do seu trabalho.

sábado, 6 de março de 2010

Vale a pena pensar!!!

«Uma alma que se eleva , eleva o mundo»
Isabel Leseur

Agenda Paroquial - Lê e toma nota!

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Notas e Informações...

  • A Junta de Freguesia pede para avisar:
  1. - no próximo dia 10/03/2010 vai proceder ao preenchimento das Declarações de IRS, via Internet;
  2. - são aceites, para apreciação, quaisquer sugestões, alterações que queiram ver incluídas no Plano Director Municipal;
  3. - haverá uma sessão de esclarecimento no dia 16 Março às 20:30h na Junta sobre o centro novas oportunidades.
  • Os pais que tenham filhos para baptizar nos próximos meses devem fazer a sua inscrição e preparar com os padrinhos o Baptismo. As reuniões de preparação serão nos próximos dias 13 e 20 de Março no Salão de S. Martinho, pelas 15h.
  • Avisam-se todos os interessados que vai realizar-se uma viagem/peregrinação a N. Senhora de Covadonga nas Astúrias, nos dias 9, 10 e 11 de Abril. Nos dias 19 a 25 de Agosto realiza-se uma peregrinação a Itália. Consultar o placard! Os interessados devem confirmar!
  • O projecto Mãos à obra! Limpar Portugal! Será no próximo dia 20 de Março de 2010 em Pessegueiro do Vouga, para mais informações consulte o placard!
  • Fazemos um apelo verdadeiramente forte para a realização de um Cortejo/Leilão de oferendas no dia 7 de Março pelas 15h. Recordando o 2º Aniv. após a Inauguração da Igreja de S. Martinho de Pessegueiro do Vouga. Eucaristia seguida de Leilão.

Notas de interesse...

Mensagem da Quaresma 2010 - António Francisco dos Santos Bispo de Aveiro "Tudo é possível a quem crê!".
2. A mensagem do Santo Padre para esta Quaresma lembra-nos que “a justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo” (Rom 3, 21-22). Todos sabemos que aquilo de que a humanidade mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. O homem necessita de um existência em plenitude que nasce da justiça de Deus, cresce na fé e é fruto precioso do mistério redentor da cruz e da Páscoa. Converter-se a Cristo e acreditar no Evangelho é caminho para esta existência de plenitude. Com Cristo, justiça de Deus, o mal já não terá domínio sobre nós, a pobreza será erradicada e a injustiça eliminada do coração humano. Só Deus levanta do pó o indigente e só Ele nos fará compreender os horizontes novos, inesperados e surpreendentes da justiça, inaugurados pela Páscoa, em que o justo é capaz de morrer pelo culpado para que o culpado receba em troca a bênção do justo. Cristo é este Justo que no mistério da cruz e da redenção se ofereceu pelos culpados. Sabemos, como nos lembra o Santo Padre, que a fé não é um facto natural, cómodo, óbvio. É preciso humildade para acreditar, coragem para confiar, perseverança para ser fiel e para descobrir que precisamos de Deus, do seu amor e da sua misericórdia. Com passos firmes e corajosos, queremos, como cristãos, caminhar na esperança, vencer a rotina, viver da fé e educar para a justiça.

A palavra de Deus é o nosso alimento...

EVANGELHO DE NOSSO SENHOR JESUS CRISTO SEGUNDO SÃO LUCAS:
Naquele tempo, vieram contar a Jesus que Pilatos mandara derramar o sangue de certos galileus, juntamente com o das vítimas que imolavam. Jesus respondeu-lhes: «Julgais que, por terem sofrido tal castigo, esses galileus eram mais pecadores do que todos os outros galileus? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos do mesmo modo. E aqueles dezoito homens, que a torre de Siloé, ao cair, atingiu e matou? Julgais que eram mais culpados do que todos os outros habitantes de Jerusalém? Eu digo-vos que não. E se não vos arrependerdes, morrereis todos de modo semelhante. Jesus disse então a seguinte parábola: «Certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha. Foi procurar os frutos que nela houvesse, mas não os encontrou. Disse então ao vinhateiro: ‘Há três anos que venho procurar frutos nesta figueira e não os encontro. Deves cortá-la. Porque há-de estar ela a ocupar inutilmente a terra?’. Mas o vinhateiro respondeu-lhe: ‘Senhor, deixa-a ficar ainda este ano, que eu, entretanto, vou cavar-lhe em volta e deitar-lhe adubo. Talvez venha a dar frutos. Se não der, mandá-la-ás cortar no próximo ano».

Mensagem Semanal

Cuidado com as travagens bruscas!.
«Agarre-se com firmeza!» – Um precioso conselho que não devia figurar apenas nos autocarros, para os que gostam de ir em pé ou não têm outro remédio. O evangelho até se aplica a este tipo de viagens, muito digno e necessário, mas por vezes heróico: «Julgais que a desgraça só acontece aos outros? E que foi por culpa deles?» E sublinha que as tragédias não são um chicote de Deus – mas consequências naturais de um conjunto de factores muito pouco ou nada domáveis pelo Homem. Só se o acidente é causado por imprudência ou má educação (de certos passageiros e até de alguns guias turísticos…), é que haverá responsáveis perante todas as pessoas e comunidades feridas. De resto, o natural desejo de coisas novas e arriscadas dará sempre frutos bons e maus.Pior seria ficarmos satisfeitos e tranquilos com uma situação confortável (como quando nos fazemos “convenientemente” afiliados num partido ou qualquer tipo de associação, ou sabichões quanto basta para comprar posição e fama…). Por isso, o ser espicaçado pela vida garante a constância no caminhar, quantas vezes pelo deserto e sob o ataque de invejosos. Manifestamente, era obra sobre-humana, a da 1.ª leitura: libertar todo um povo que trabalhava sob a tirania da nação mais poderosa da história antiga, e conduzi-lo por meio de perigos da natureza, ataques de inimigos, e sobretudo contra o desânimo e até revolta crescente dos que exigiam uma caminhada sem dificuldades.Tamanha proeza e tão extraordinário recomeço na vida de um povo precisavam absolutamente de ter o selo divino – para poder ser contada como se fosse o resultado da vontade de um «Deus criador» – incompreensível, mas que honestamente reconhecemos como a única realidade independente que sustenta a nossa liberdade. Uma realidade que não pode caber nos nossos conceitos – e por isso não tem nome. Uma realidade que associamos com a luz perfeita, a verdade perfeita, a felicidade perfeita – e por isso lhe chamamos «Deus» – etimologicamente, «o luminoso». A 1.ª leitura testemunha a experiência de que Deus “está mas não está”. Não tem rosto, não tem nome… – “não está”! Se tivesse rosto e nome, era um de nós, por mais importante que fosse. “Não está”, para que seja o nosso rosto e o nosso nome a estar. Deus esconde-se atrás de cada pessoa e de todo o universo. Toda a gente e todo o mundo trazem o fogo de Deus e, como a sarça ardente, é um fogo que não destrói. Muito pelo contrário: é o fogo da beleza e da força da humanidade inteira e de todo o universo. É o fogo que nos entusiasma a «dar a cara» para que nunca esmoreça o projecto de sempre «nova criação». É interessante verificar que as conhecidas traduções «Eu sou quem sou» (nome oculto) ou «Eu sou aquele que é» (a realidade verdadeira) podem ser substituídas por uma terceira: «Eu sou quem eu serei» – verão quem eu sou, através da experiência que farão da minha presença no próprio agir humano. O desafio deste projecto obriga-nos a «ir de pé» e a agarrarmo-nos com firmeza. Só que há gente distraída, ou que se agarra com firmeza a coisas muito pouco firmes… O próprio S. Paulo lembra que nem os pregadores do evangelho têm a garantia de não poderem cair (1.ª Coríntios, 9,27).Mesmo que o ponto de apoio seja bom, há sempre travagens bruscas – e, como lembra Jesus Cristo, não são os piores os que sofrem desastres. Aliás, só cai quem está em pé. E para nos curar dos trambolhões da vida, não faltará um bom médico como S. Lucas (como tal, defensor acérrimo da vida) a garantir um «happy end»: como à figueira estéril, não nos faltará a oportunidade para tirar proveito de um bom tratamento – e continuar firmemente em pé! Manuel Alte da Veiga