sábado, 28 de novembro de 2009

Agenda Paroquial - Lê e toma nota!

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Vale a pena pensar...

“A verdadeira riqueza de um homem é o bem que ele faz neste mundo” (Maomé)

Notas de interesse...

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A palavra de Deus é o nosso alimento...

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Haverá sinais no sol, na lua e nas estrelas e, na terra, angústia entre as nações, aterradas com o rugido e a agitação do mar. Os homens morrerão de pavor, na expectativa do que vai suceder ao universo, pois as forças celestes serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir numa nuvem, com grande poder e glória. Quando estas coisas começarem a acontecer, erguei-vos e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima. Tende cuidado convosco, não suceda que os vossos corações se tornem pesados pela devassidão, a embriaguês e as preocupações da vida, e esse dia não vos surpreenda subitamente como uma armadilha, pois ele sobrevirá sobre todos os que habitam a terra inteira. Portanto, vigiai e orai em todo o tempo, para terdes a força de vos livrar de tudo o que vai acontecer e poderdes estar firmes na presença do Filho do homem». Palavra da salvação.

Mensagem Semanal

Já um cheirinho a Natal
Nos antigos natais da aldeia, este domingo trazia o primeiro cheirinho a Natal, feito de castanhas e de vaga inquietação por onde buscar o melhor musgo, por qual o canto mais lindo para o presépio e por onde param e como estarão as figurinhas e outros adereços – tudo isto no embalo das palavras misteriosas da liturgia em latim. Até nem se reparava no estilo duro e apocalíptico do Evangelho, adormecendo no conforto da Leitura de Jeremias! A própria carta de S. Paulo, que nos exorta à firmeza no progresso do amor e de outras virtudes, mais parecia uma coroa de flores a oferecer ao «rebento justo», ao «Menino Jesus». E contudo, a passagem do evangelho de hoje marca o final do ministério de Jesus em Jerusalém, sendo imediatamente seguido pelo relato da Paixão. O «Menino Jesus» exprime a fraqueza própria do «filho de homem» (imagem muito presente nos domingos anteriores) – mas também o lado paradoxal da mesma expressão: o poder e a glória do autêntico «justiceiro», que virá sobre as nuvens impenetráveis ao nosso conhecimento e compreensivelmente temerosas para toda a humanidade. Por isso exclamava Simeão, ao pegar ao colo em Jesus recém-nascido (Lucas, 2, 29-35): «Este menino está aqui para queda e ressurgimento de muitos em Israel e para ser sinal de contradição». O encontro definitivo com ele não nos pode apanhar desprevenidos: temos que o saber esperar «de pé como as árvores» carregadas de bom fruto. Há pois que «desconfiar» da inocência e graça do «Menino Jesus»… Ele não é o boneco lindinho à venda nas feiras, nem sequer um daqueles bebés lindos a valer, que quase se confundem com o colo da mãe, se possível ainda mais linda. Iremos nós ao encontro do «Menino a sério», como os «Reis Magos»? E saberemos tirar proveito desse encontro, como o fazia a «Mãe a sério» do «Menino a sério» – guardando todos estes estranhos acontecimentos «no seu coração», para reflectir calmamente sobre o que poderiam significar? (Lucas, 2, 51; 1, 29). Ou acharemos mais cómodo e prudente matar o menino, como quis o rei Herodes – «o tal (no dizer de Miguel Torga) que não gostava de crianças»? A primeira leitura não é original de Jeremias mas de um discípulo. Trata-se de um cântico tipicamente messiânico, presente noutros lugares dos livros do Antigo Testamento, prometendo ao povo de Israel que Deus fará nascer um «rebento de justiça» para o dirigir com rectidão. Na perspectiva religiosa desta época (destruição de Jerusalém pelo império babilónico, em 587, e subsequente cativeiro), o Messias (rei-sacerdote) nasceria da seiva de David, cabendo-lhe juntar o direito e a justiça. Dentro dos parâmetros da cultura do tempo, o Direito legitima a imposição da autoridade e do julgamento. Mas precisa da Justiça para que não se exerça o poder arbitrariamente, oprimindo os que menos se podem proteger. Manuel Alte da Veiga

sábado, 21 de novembro de 2009

Agenda Paroquial- Lê e toma nota!

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Vale a pena pensar...

“O amor é o elemento mais poderoso que o ser humano pode ter na sua busca de paz e segurança.” Luther King

Notas de interesse...

A CONSTRUÇÃO DO BEM COMUM
RESPONSABILIDADE DA PESSOA, DA IGREJA E DO ESTADO
Logo após dois actos eleitorais e em época de crescente crise social, convocam-se os cristãos activos nas várias instituições e iniciativas, atentos aos graves problemas da sociedade portuguesa, para reflectir e partilhar modos responsáveis, criativos e eficazes de vivência solidária. Importa esclarecer qual a responsabilidade de cada cidadão, o papel da Igreja Católica e o encargo do Estado Português na única construção do bem comum. Bento XVI oferece-nos, na recente encíclica, um claro incentivo, ao afirmar: «querer o bem comum e trabalhar por ele é exigência de justiça e de caridade. Comprometer-se pelo bem comum é, por um lado, cuidar, e por outro, valer-se daquele conjunto de instituições que estruturam jurídica, civil, politica e culturalmente a vida social, que deste modo toma a forma de polis, cidade. Ama-se tanto mais eficazmente o próximo, quanto mais se trabalha em prol de um bem comum que dê resposta também às necessidades reais.» (CV,nº7) Temas em reflexão. * A Mudança de paradigma no papel e na relação do Estado com a Sociedade * Lugar da religião na edificação do bem comum * Caminhos para uma laicidade esclarecida, aberta e propositiva na sociedade plural * A responsabilidade pessoal e a participação das pequenas comunidades e iniciativas empresariais na construção do bem comum, em contexto de globalização.

A palavra de Deus é nosso alimento...

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João
Naquele tempo, disse Pilatos a Jesus: «Tu és o Rei dos judeus?» Jesus respondeu-lhe: «É por ti que o dizes, ou foram outros que to disseram de Mim?» Disse-Lhe Pilatos: «Porventura eu sou judeu? O teu povo e os sumos sacerdotes é que Te entregaram a mim. Que fizeste?» Jesus respondeu: «O meu reino não é deste mundo. Se o meu reino fosse deste mundo, os meus guardas lutariam para que Eu não fosse entregue aos judeus. Mas o meu reino não é daqui». Disse-Lhe Pilatos: «Então, Tu és Rei?» Jesus respondeu-lhe: «É como dizes: sou Rei. Para isso nasci e vim ao mundo, a fim de dar testemunho da verdade. Todo aquele que é da verdade escuta a minha voz». Palavra da salvação.

Mensagem Semanal

Se conhecesses o dom de Deus
Cristo fala assim à samaritana. “Se conhecesses”. Conhecer, na Bíblia, muitas vezes não se refere a um acto intelectual, mas a uma experiência íntima, à uma relação íntima. Jesus fala muito disso na sua oração sacerdotal no capítulo 17 de S. João. Conhecer é permanecer Nele. Isto é o segredo da verdadeira vida interior de comunhão com Deus. Comungar o Corpo e o Sangue do Senhor é, fisicamente, ter Deus dentro de nós, em Jesus Cristo. Comungar a sua Palavra. Comungar sua Vontade Comungar o irmão… A Vida espiritual fundamenta-se na experiência viva, amorosa e actuante de Deus em Nós. Ele habita em mim. Sou Santuário de Amor do Amor, que é Deus, ainda que eu seja feito de barro. Não posso ser testemunha de Deus, só porque estudei no seminário e me especializei na ciência de Deus. Só posso testemunhar o que vi, ouvi, toquei, como diz S. João na sua primeira epístola. Se não conheci Deus em mim, pelo profundo trato de amizade que é a oração, posso falar de Deus, mas não passarei de um profissional da religião. Ele não será VIDA EM MIM, nem, através de mim, VIDA PARA OS OUTROS. Por isso, conhecer o dom de Deus é tarefa primordial na educação e na auto-educação do homem, de cada homem, de mim mesmo. O Homem só se entenderá a si mesmo quando conhecer o dom de Deus que ele é em si mesmo e para si mesmo e quando entender o dom que Deus faz de Si mesmo ao Homem. Que nele nos movemos e existimos. Que Ele reza em nós com gemidos inefáveis. Que Ele quer amar em mim. E que Ele quer amar-me a mim, dentro de mim, numa intimidade de amor que leva não só ao verdadeiro e perfeito conhecimento de si próprio, enquanto homem, mas também à vivência desse RIO DE ÁGUA VIVA que corre lá no fundo do nosso POÇO. “Ah, se conhecesses… tu mesmo te farias dom”. Por isso, dizia o grande Agostinho: “Tu me criastes para Ti e meu coração anda inquieto enquanto não descansa em Ti”. Qual é o caminho? Santa Teresa de Ávila é Mestra no assunto: “Estar a sós, com quem sabemos que nos ama”. Essa é a mais bela aventura do existir.
Pe. Victor Espadilha

sábado, 14 de novembro de 2009

Agenda Paroquial

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Vale a pena pensar...

“Que é o homem na natureza? Um nada diante do infinito, um tudo diante do nada, um meio entre tudo e nada. ” Pascal

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quinta-feira, 12 de novembro de 2009

A palavra de Deus é o nosso alimento...

Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Naqueles dias, depois de uma grande aflição, o sol escurecerá e a lua não dará a sua claridade; as estrelas cairão do céu e as forças que há nos céus serão abaladas. Então, hão-de ver o Filho do homem vir sobre as nuvens, com grande poder e glória. Ele mandará os Anjos, para reunir os seus eleitos dos quatro pontos cardeais, da extremidade da terra à extremidade do céu. Aprendei a parábola da figueira: quando os seus ramos ficam tenros e brotam as folhas, sabeis que o Verão está próximo. Assim também, quando virdes acontecer estas coisas, sabei que o Filho do homem está perto, está mesmo à porta. Em verdade vos digo: Não passará esta geração sem que tudo isto aconteça. Passará o céu e a terra, mas as minhas palavras não passarão. Quanto a esse dia e a essa hora, ninguém os conhece: nem os Anjos do Céu, nem o Filho; só o Pai».

Palavra da salvação.

Mensagem Semanal

«O dia depois de amanhã»

Só o «amanhã» é que é perto, como que ao alcance da nossa mão. Para o «depois», quase todas as tintas são válidas, embora esteja na moda pintar os cenários mais perturbadores sobre o poder destruidor da violência humana, ou sobre a morte das estrelas, destruição climática, supervulcões e supertsunamis (como no filme que dá o título). Os próprios cientistas afirmam que as catástrofes naturais vêm aí com toda a certeza, só não se sabe quando… Contudo, convém ter presente que o ser humano nunca pára na descoberta de si próprio e do mundo, alterando perspectivas, incluindo as religiosas, e até corrigindo o que parecia certo.

Com esta consciência de que todas as coisas são efémeras, e de que o próprio universo, com a sua estabilidade aparente, está sujeito à destruição, não é de estranhar que se tenha formado a «literatura apocalíptica» (do grego «Apocalipse», «revelação» ou «desvelamento»). Com estilo grandioso e imagens riquíssimas, não alheias à mitologia e simbologia iranianas, é uma literatura presente nas culturas mais diversas, tornando visível a estrutural comunhão entre todo o género humano quanto à interrogação sobre o futuro.

Os textos apocalípticos do judeo-cristianismo (continuados pelo islamismo) centram-se nos temas do Juízo final e da Salvação, e apresentam o Reino de Deus e o Novo Mundo como transfiguração do Universo, onde a própria morte será dominada. Terá pois um final feliz o «combate» entre as forças misteriosas do Bem e do Mal, da Vida e da Morte, apesar de os «filhos da luz» terem que sofrer devido à astúcia dos «filhos das trevas» (na terminologia do próprio Jesus Cristo). E a morte é a passagem não para um estado de vida inferior, mas sim de vida claramente próxima do que podemos entender por Luz, Alegria, Bem-estar.

Há muitos apocalipses, antes e depois de Cristo, todos eles reflectindo a mesma inquietação e esperança. A maioria, contudo, não é aceite como canónica (ou seja, não é representativa ou até está em desacordo com o «núcleo duro» da doutrina em questão).

Ao termo de «apocalíptica» junta-se o de «escatologia» («estudo dos últimos acontecimentos», em grego): traduz, sobretudo, o olhar que o ser humano dirige à sua volta, alcançando o sentido e interesse da consideração da morte e da crença numa vida eterna. Não deve haver hiato entre este futuro e o presente: a crença optimista num «combate escatológico» em que o Bem vence o Mal, dá força para ir travando esse combate no presente. Deste modo, se vai desde já acelerando o «mundo novo», sob a luz da justiça (o «reino» de Deus, como se diz no Pai Nosso).

Com a aproximação do final do ciclo litúrgico, os textos dominicais manifestam cada vez mais pendor apocalíptico e escatológico. Curiosamente, estes «palavrões» tão obscuros designam justamente o fim da obscuridade em que vivemos.

Manuel Alte da Veiga